Todos os anos, em dezembro, surge o mesmo pensamento: quem foi realmente São Nicolau? De onde veio o costume de trocar presentes e será que esta figura tem algo a ver com os viajantes a quem dedicamos bússolas gravadas, sextantes ou relógios? Afinal, parece que… tem bastante a ver!
O Nicolau histórico – o homem que transformou a lenda em tradição
O verdadeiro São Nicolau existiu de facto. Nasceu por volta do ano 270 em Patara e, posteriormente, tornou-se bispo de Mira – uma cidade portuária situada na costa da atual Turquia. Era conhecido pela generosidade, pela ajuda aos pobres e pelo facto de muitas vezes o fazer anonimamente.
Foi dos seus gestos que nasceu a tradição de deixar presentes e, mais tarde, a celebração do Dia de São Nicolau.
Poderia Nicolau ter sido um viajante?
Embora normalmente o imaginemos num trenó puxado por renas, o Nicolau histórico viveu numa região onde as viagens faziam parte do quotidiano. Mira era um importante porto comercial, para o qual chegavam regularmente mercadores e marinheiros de várias partes do mundo.
Vale a pena acrescentar que, segundo a lenda, Nicolau teria salvado marinheiros durante uma tempestade no mar. Este acontecimento fez com que até hoje seja reconhecido como patrono dos viajantes, marinheiros e exploradores.
Pode-se, portanto, afirmar com confiança que o espírito de viajar lhe era muito próximo.
Nicolau – símbolo da viagem e de levar o bem
A lenda contemporânea do Nicolau, que numa só noite visita o mundo inteiro, é obviamente uma bela história, mas também uma metáfora de algo mais profundo — da viagem, da descoberta e de chegar onde alguém espera por um pouco de bondade.
Não admira, portanto, que a sua imagem tenha tanto impacto nas pessoas que amam grandes viagens, navegação, mapas, instrumentos de navegação e tudo o que está ligado à exploração do mundo.
Nicolau e as tradições que resistiram aos séculos
Durante mais de 1700 anos, a figura do Nicolau passou por transformações. Em diferentes culturas, a sua história foi associada a costumes locais, até surgir a imagem atual — de um velhinho sorridente que não só oferece presentes, mas também inspira à bondade, coragem e a olhar "mais além".
E embora hoje seja difícil separar o facto da lenda, uma coisa permanece certa: o Nicolau tornou-se um símbolo que transporta consigo calor, esperança e um pouco de aventura.
Porque é que o Nicolau está associado aos viajantes?
Porque a sua história encaixa-se perfeitamente naquilo que os exploradores e descobridores adoram:
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viajar apesar das dificuldades,
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coragem perante o desconhecido,
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levar o bem aos outros,
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abertura ao mundo e às pessoas.
São valores que unem gerações e criam o ambiente natalício — um tempo em que mais facilmente recorremos a símbolos de viagem e a objetos que transportam consigo uma história.
Uma recordação gravada para aqueles que acreditam na magia da viagem
Para muitas pessoas, o Natal é o momento em que querem oferecer aos seus entes queridos algo que tenha significado. O Nicolau está associado precisamente a esse tipo de presente — não casual, pensado, especial.
Por isso, objetos ligados à navegação e à descoberta do mundo são tão frequentemente escolhidos como presentes de Natal.
Uma bússola gravada, um sextante, um relógio antigo ou uma estatueta decorativa têm exatamente aquilo que o próprio Nicolau representava: o símbolo do caminho, da coragem e de um coração voltado para os outros.
Esses objetos não só decoram o interior — tornam-se uma recordação que permanece durante anos.
O São Nicolau é uma figura que une história, lenda e espírito de aventura. Foi um homem que ajudava os outros, viveu num mundo cheio de viajantes e, com o tempo, tornou-se ele próprio um símbolo de uma grande e mágica jornada.
Talvez seja por isso que se encaixa tão bem no mundo das pessoas que adoram descobrir novos lugares — tal como ele outrora descobria as necessidades dos outros e respondia a elas com bondade.
















































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